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PERFIL FEMININO
PERFIL FEMININO

 
                                
Senhores e Senhoras:
Chegamos afinal na tão falada terceira idade, nos meus cálculos, a quarta idade: infância, juventude, adulto e idosos, contem comigo rsrsrsr
Precisamos falar sobre essa fase da vida que nos assombra, são 60, 70, 80, 90 e muitos ultrapassam os 100 anos e o interessante que só ultrapassamos essas décadas todas quando cuidamos de nós.
E como cuidar de nós, se precisamos cuidar dos outros. Como viver para nós se precisamos viver para outros!
Os nossos filhos são sempre crianças para nós, os seus pais. Eles não crescem ou nós que não os deixamos crescer?
Qualquer coisa corremos até eles, uma dorzinha do nada e lá estamos nós aflitos.
E quando os netos chegam, nosso mundo vira de cabeça para baixo, as vezes queremos tomar o lugar dos pais do bebê, por que vemos ali naquele ser tão indefeso a lembrança do dia que nos tornamos pais.
Então vamos nos acostumando aos poucos com a nova realidade, somos avós agora!
Muitos até entram em depressão com medo  da velhice e isso é sério!
Caramba, de fato agora somos idosos!
Como continuar? Claro que devemos continuar a nossa vida, pera aí, somos donos da nossa capacidade de ir e vir! De raciocinar que ainda somos nossos donos,  que nossos filhos tem a vida deles. Alguns realmente precisarão da nossa ajuda, no cuidado com os filhos, outros inclusive com ajuda  financeira, e nós devemos ajudar sim sempre naquela medida  ideal, do até quando, eu puder ajudar.
Somos ativos, ainda trabalhamos, gostamos de sair, gostamos de dançar, gostamos de ir a igreja, muitos acham que não gostamos mais de namorar, que tolos, deixa eles, também serão idosos  e aí vão perceber de como é bom viver!
Temos de ter o nosso tempo, exclusivo para nós e só nosso!
Não deixem que ninguém dite as regras para você.
Cuide da  saúde do seu coração, faça seus exames periódicos, cuide da sua saúde intima.
Você ainda é a  sua prioridade principal e também o seu próprio efeito colateral.
Cuide para que o seu  efeito colateral  lhe traga só coisas boas!
Nós não temos idade, temos experiência e sabedoria adquiridas  por tantas décadas vividas.
Viva a cada dia  sua melhor vida, Senhores e Senhoras, seres fantásticos da TERCEIRA IDADE
AnaMedeiros

 Dia 8 de março



Ser feminina ou feminista, eis a questão.

Mulheres da minha família, as bençãos dos céus sobre nós!

 

"Feminismo é um conjunto de movimentos políticos, sociais, ideologias e filosofias que têm como objetivo comum: direitos equânimes e uma vivência humana por meio do empoderamento feminino e da libertação de padrões patriarcais, baseados em normas de gênero"

 

Nasci em 1949, finalzinho da geração anos 40.

Hoje para escrever  esse texto tive de fazer um passeio aos anos anteriores desse 2019.

Revivi muitas lembranças e saudades, principalmente nas décadas de 50 e 60, minha infância, minha juventude!

Lembrei principalmente  das mulheres que conheci e convivi, pois, escrevo hoje para nós mulheres!

Mulheres cheias de filhos, minha mãe teve 9 filhos, acha saúde e disposição para criar quase um time de futebol.

As mudanças começaram por volta da década de 40, devido a segunda guerra, onde os homens foram guerrear e as mulheres tomaram o comando da casa , dos negócios e a educação dos filhos.

Mulheres de fibras, de coragem, de tenacidade, que faziam trabalhos de casa como mulher e ajudava os maridos nos trabalhos deles, continuando femininas, quando  o machismo imperava tinham algumas mulheres submissas até demais, mas isso também foi mudando.

Anos 60 vieram para quebrar paradigmas, mostrar direitos, alguns esqueceram dos deveres.

As mudanças chegaram rápidas demais e com elas vieram também todo tipo de liberdade, drogas mesmo que escondidas, todos sabiam que existiam e famílias começaram a se desestruturar, corpos a mostra, beijos "escandalosos " a vista de todos, filmes pornôs com propagandas assustadoras  para  a época um horror, minissaias. Nossa, usei muito!

Um confronto entre um mundo conservador e o mundo moderno onde tudo é permitido.

As mães que sobremaneira, lutaram com tudo isso para manter a família unida, com todas essas novidades inquietantes.

Mulheres anônimas lutaram por nossos direitos, o que foi muito bom e digno. Tivemos grandes vitorias como voto, apesar de ter conquistado avanços como o direito ao voto, a implantação de delegacias especializadas e a inserção da mulher no mercado de trabalho, ainda possui muitos desafios para superar.

Só não podemos esquecer de sermos femininas ainda que feministas!

AnaMedeiros

 



 

https://www.cartacapital.com.br/

A resposta curta é: sim. A longa é este artigo

Feminismo não é clube: não precisa de carteirinha, não tem que pagar anuidade, e não exige uniforme. Você adora um esmaltinho e não quer nem pensar em deixar o sovaco peludo? OK! Você usa maquiagem, bate um cabelo e gosta de cor-de-rosa? Tudo bem: a expressão da sua identidade é decisão sua.

 Policiar e regular as formas como as mulheres se apresentam sempre foi tarefa do patriarcado, e muitos dos elementos que compõem o que é socialmente entendido como “feminino” foram (e ainda são) utilizados como estratégias de dominação das mulheres.

Em outras palavras: alguns modos específicos de comportamento, bem como algumas expressões de identidade via corpo, foram (e ainda são) ferramentas de manutenção das mulheres em posições sociais inferiores às dos homens.

Assim, a mulher que não é passiva e dócil, ou a que não depila nem liga muito para as cutículas, é percebida como menos feminina e, portanto, como menos mulher.

Por isso entendemos a necessidade de uma crítica feminista à imposição do feminino. Esta crítica é importante e pertinente – mas, perceba, ela se dirige à imposição do feminino, e não ao feminino em si.

Questionar esta imposição não significa que tenhamos que desvalorizar quaisquer conhecimentos ou modos de viver que estejam definidos como tradicionalmente femininos. Há algo de muito preocupante nessa desvalorização, pois os “apetrechos” de domesticidade e de estética são valiosos, mesmo não sendo reconhecidos financeiramente em nossa sociedade.

Não gostaríamos de fazer do feminismo uma recusa do que é tradicionalmente feminino, apenas porque o que é tradicionalmente feminino nos foi (e segue sendo) imposto como condição para ser mulher. Queremos que esses atributos também sejam valorizadas pela sociedade, e perpetuados, indiscriminadamente, por quem queira – mulher ou homem, cis ou trans, hetero ou homossexual, ou quaisquer outras identidades.

Feministas se ocupam de expor machismos, desconstruir misoginias e destruir o patriarcado – e nada disso depende de estarmos com as pernas peludas, tampouco em cima de um salto bem alto.

*Publicado originalmente no site #CasadaMãeJoanna.

 



DIA DAS MÃES

Ensinarás a voar 
Mas não voarão o teu voo.
Ensinarás a sonhar 
Mas não sonharão o teu sonho.
Ensinarás a viver
Mas não viverão a tua vida.
Ensinarás a cantar 
Mas não cantarão a tua canção.
Ensinarás a pensar 
Mas não pensarão como tu.
Porém, saberás que cada vez que voem, sonhem, vivam, cantem e pensem...
Estará a semente do caminho ensinado e aprendido!

Do meu jeitinho...
Mais um dia para comemorar, mais um ano para agradecer a Deus, pelos frutos do meu ventre.
Gratidão a Deus por todos os obstáculos que consegui ultrapassar
Gratidão a Deus pela família que criei
Gratidão a Deus pelas pessoas que ele colocou na minha família, homens e mulheres de honra
Gratidão a Deus pelos filhos que não foram gerados do meu ventre e que ele me capacitou para cuidar
Gratidão a Deus pelo ventre da minha mãe que me gerou
Gratidão a Deus pelas amigas, reais e virtuais, que geraram seus filhos 
Gratidão a Deus pelas mães de fibras pelo mundo
Gratidão a Deus por ele cuidar de todas nós
Gratidão a Deus  por ele cuidar das mães que precisam de cuidado especial
Um pouco da história dessa mãe aqui!
AnaMedeiros


A luta feminina não pode parar

Fico imaginando: quantos gritos de dor, quantas lágrimas, quantos estupros, quantos ais mudos, calados, sufocados, por mulheres no mundo todo e por séculos desde a criação da vida na terra.

Imagina quando ainda éramos apenas procriadoras, sem voz, sem vez, apenas fêmeas?

AnaMedeiros

 




MAYARA AMARAL

ESTUPRADA, CARBONIZADA E MORTA

em Campo Grande Mato Grosso do Sul

Fica  aqui a minha revolta, a minha impotência, a minha tristeza como mãe, irmã avó e mulher.

Deveríamos ter medo de cobra venenosa, leões, onças de animais nocivos.

Mas temos medo do bicho homem, por que esse não mata para se defender, mata por prazer e não venha me por culpa em drogas, fez-se pelo instinto cruel, estupraram  para saciar suas taras, mataram  para satisfazerem  suas bestialidades, atearam fogo no corpo já sem vida para apagar seus crimes e foram dois homens contra a força de uma mulher.

Qual chance ela tinha para se defender?

Não venham dizer que ela foi levada ao motel por livre e espontânea vontade, atrás dessa história tem muito ainda para ser descoberto.

Mayara não pode mais nos contar o que de fato aconteceu, mas por honra a sua memória os fatos virão a se esclarecerem.

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AnaMedeiros




 

http://claudia.abril.com.br/

Coluna da Patrícia Zaidan

Coluna da psicóloga e editora de atualidades Patrícia Zaidan: atualidades, feminismo, direitos humanos

Três homens contra Mayara Amaral. Ela está morta. Carbonizada

A polícia embarca na versão dos agressores, investiga como latrocínio e desconsidera a hipótese de feminicídio. O jornalismo erra junto com ela

O jornalismo está devendo muito às mulheres. Devendo respeito à verdade delas. As informações publicadas na chamada grande imprensa sobre a barbaridade cometida contra a musicista Mayara Amaral, 27 anos, são um vexame. A violonista, que vivia em Campo Grande, foi dada como desaparecida na segunda-feira (24/7). Seu corpo ressurgiu carbonizado na terça. Embora tenha todas as características de feminicídio, de crime horrendo que envolveu três homens, rito machista que subjugou a mulher e abuso sexual seguido de morte, as autoridades do caso conduzem as investigações no escopo do latrocínio — o roubo que se completa na extinção da vida.

Foi preciso que Pauliane Amaral, irmã mais velha de Mayara, se insurgisse contra o tratamento dado por policiais e jornalistas. Só assim soubemos o que aconteceu de verdade. Antes de ela postar seu texto nas redes sociais, nenhum veículo havia usado a palavra feminicídio. Pior, as notícias induziam à versão de uma Mayara que topou uma balada pesada com os estupradores, deu brechas para o triste fim. A escolha de fotos dela para ilustrar jornais físicos e digitais recaiu na linha batom vermelho ou em poses que, no contexto, tentam conferir contornos de frivolidade, volúpia e erotização. Fora dele, as fotos são de uma mulher como todas nós. Uma brasileira comum.

No mínimo, Tiago Macedo, o delegado responsável pela apuração, devia se atentar para isto: um dos três homens presos, Luís Alberto Bastos Barbosa, 29 anos, não era um estranho, mas alguém com quem Mayara havia saído algumas vezes. Segundo os jornais, Luís é músico e tocava com Mayara. Eles foram a um motel. Ali, um outro homem participou do estupro contra ela. Os acusados disseram que a violonista aceitou. Doutor Tiago Macedo: o senhor não caiu nessa, né? Havia um martelo. Com o qual Mayara fora golpeada até perder os sentidos. Concordo com a pergunta de Pauliane: Se Mayara consentiu com a transa a três, por que um martelo na jogada?

Pauliane diz no texto: “Eis a versão do monstro: minha irmã consentiu em ser violada, eles decidiram roubá-la, ela reagiu fisicamente, e eles, sob o efeito de drogas, golpearam-na com o martelo – ela morreu por acidente.”

O acusado, bem instruído por seu advogado, pode dar a versão que mais gostar. Mas o delegado, não.

Bem, Luís e o amigo contaram que puseram Mayara, morta, no carro dela (um Gol velhusco, de 1992), foram até a casa de um terceiro fulano, dividiram os pertences da violonista (o tal produto do roubo), lançaram o corpo em um matagal perto da estrada e tacaram fogo.  Apenas as mãos da violonista ficaram inteiras, os outros membros viraram carvão.

O trio parece ter convencido o delegado. O veículo Campo Grande News atribuiu estas pérolas a Tiago Macedo: “Neste caso, ao que tudo indica até o momento, não houve homicídio. O que aconteceu ali é que o autor, verificando a possibilidade de cometer um roubo, atraiu a vítima e teve como resultado deste crime, que é um crime contra o patrimônio, a morte da vítima. Nós verificamos que existe uma tendência das pessoas afirmarem que porque uma mulher morreu é feminicídio, mas isso não corresponde ao ordenamento jurídico”.

Ora, se não foi feminicídio, o hediondo crime de ódio contra as mulheres, o que aconteceu, então? E o estupro? Não conta, doutor Tiago? Trata-se de mero detalhe? Dispensa investigação? Não é crime, e sim, consenso!

Três dias após os fatos não li reportagem investigativa. Não foram ouvidos a família, os amigos, os funcionários do motel. Ninguém reconstituiu a trajetória macabra. Os jornalistas esqueceram como se faz bom jornalismo.

Mayara, aos 27 anos, termina carbonizada. Fim dos sonhos, da breve carreira de musicista, que incluiu um mestrado na Universidade Federal de Goiás. Seu tema na dissertação: as mulheres compositoras e intérpretes no violão erudito. Queria dar visibilidade a elas em um mundo ainda muito másculo. Some uma cidadã que podia ir longe, amar muito, desenvolver projetos profissionais, pessoais e familiares…

Foram três homens contra uma mulher. Não vai ficar assim. Haverá uma manifestação em Campo Grande pedindo apuração severa, rigorosa e pena pesada. Outro ato está sendo planejado em São Paulo. Nós vamos apoiar.

Transcrevo aqui o desabafo de Pauliane Amaral, postado por ela nas redes sociais. Trata-se de uma importante reflexão sobre a polícia e o desrespeito que a imprensa reserva às mulheres.

(Arquivo Pessoal/Reprodução)

 

Quem é Mayara Amaral?

Minha irmã caçula, mulher, violonista com mestrado pela UFG e um dissertação incrível sobre mulheres compositoras para violão. Desde ontem Mayara Amaral também é vítima de uma violência que parece cada vez mais banal na nossa sociedade. Crime de ódio contra as mulheres, contra um gênero considerado frágil e, para alguns, inferior e digno de ter sua vida tirada apenas por ser jovem, talentosa, bonita… por ser mulher.

Mais uma vez a sociedade falhou e uma mulher, uma jovem professora de música de 27 anos, foi outra vítima da barbárie de homens que não podem nem serem considerados humanos. Foram três, três homens contra uma jovem mulher.

Um deles, Luis Alberto Bastos Barbosa, 29 anos, por quem ela estava cegamente apaixonada, atraiu-a para um motel, levando consigo um martelo na mochila. Lá, ele encontrou um de seus comparsas.

Em uma das matérias que noticiaram, o crime os suspeitos dizem que mantiveram relações sexuais com minha irmã com o consentimento dela. Para que o martelo então, se era consentido?

Estranhamente, nenhuma das matérias aparece a palavra ESTUPRO, apesar de todas as evidências.

Às vezes tenho a sensação de que setores da imprensa estão tomando como verdade a palavra desses assassinos. O tratamento que dão ao caso me indigna profundamente.

Quando escrevem que Mayara era a “mulher achada carbonizada” que foi ensaiar com a banda, ela está em uma foto como uma menina. Quando a suspeita envolvia “namorado” hiper sexualizam a imagem dela. Quando a notícia fala que a cena do crime é um motel, minha irmã aparece vulnerável, molhada na praia.

Quando falam da inspiração de Mayara, associam-na com a história do pai e avô e a foto muda: é ela com o violão, porém com sua face cortada. Esse tipo de tratamento não representa quem minha irmã foi. Isso é desumanização. Por favor, tenham cuidado, colegas jornalistas.

Para nossa tristeza, grande parte das notícias dão bastante voz aos assassinos e fazem coro à falsa ideia de que os acusados só queriam roubar um carro. Um carro que foi vendido por mil reais. Mil reais. Um Gol quadrado, ano 1992. Se eles quisessem só roubá-la, não precisariam atraí-la para um motel.

Um dos assassinos, Luís, de família rica, vai tentar se livrar de uma condenação alegando privação momentânea dos sentidos por conta de uso de drogas. Não bastando matar a minha irmã, da forma que fizeram, agora querem destruir sua reputação. Eis a versão do monstro: minha irmã consentiu em ser violada por eles, elas decidiram roubá-la, ela reagiu fisicamente e eles, sob o efeito de drogas, golpearam-na com o martelo – e ela morreu por acidente. Pela memória da minha irmã, e pela de outras mulheres que passaram por esta mesma violência, não propaguem essa mentira! Confio que a Polícia e o Ministério Público não aceitarão esta narrativa covarde, e peço a solidariedade e vigilância de todos para que a justiça seja feita.

Na delegacia disseram à minha mãe que uma outra jovem já havia registrado uma denúncia contra Luís por tentativa de abuso sexual… Investiguem! Se essa informação proceder, este é mais um crime pelo qual ele deve responder. E uma prova de como a justiça tem tratado as queixas feitas por nós, mulheres. Se naquela ocasião ele tivesse sido punido exemplarmente, talvez minha irmã não tivesse sofrido este destino.

Foi tudo premeditado: ela foi estuprada por dois desumanos.

O terceiro comparsa – não menos monstruoso – ajudou a levar o corpo da minha irmã para um lugar ermo, e lá atearam fogo nela, como se a brutalidade das marteladas no crânio já não fosse crueldade demais. Minha irmã foi encontrada com o corpo ainda em chamas, apenas de calcinha e uma de suas mãos foi a única parte de seu corpo que sobrou para que meu pai fizesse o reconhecimento no IML. “Parece que ela fazia uma nota com os dedos”, disse meu pai pelo telefone.

A confirmação veio logo depois, com o resultado do exame de DNA. Era ela mesmo e eu gritei um choro sufocado.

Eu vou dedicar o meu luto à memória da minha irmã, e a não permitir que ela seja vilipendiada pela versão imunda de seus algozes. Como tantas outras vítimas de violência, a Mayara merece JUSTIÇA – não que isso vá diminuir nossa dor, mas porque só isso pode ajudar a curar uma sociedade doente, e a proteger outras mulheres do mesmo destino”  Pauliane Amaral

 




Sua Pesquisa

http://www.suapesquisa.com/

 

História do Dia Internacional da Mulher

História do Dia Internacional da Mulher, significado do dia 8 de março, lutas femininas, importância da data e comemoração, conquistas das mulheres brasileiras, história da mulher no Brasil, participação política das mulheres, o papel da mulher


8 de março: Dia Internacional da mulher
8 de março: Dia Internacional da mulher

 

História do 8 de março

 

O dia 8 de março é o resultado de uma série de fatos, lutas e reivindicações das mulheres (principalmente nos EUA e Europa) por melhores condições de trabalho e direitos sociais e políticos, que tiveram início na segunda metade do século XIX e se estenderam até as primeiras décadas do XX.

 

No dia 8 de março de 1857, trabalhadores de uma indústria têxtil de Nova Iorque fizerem greve por melhores condições de trabalho e igualdades de direitos trabalhistas para as mulheres. O movimento foi reprimido com violência pela polícia. Em 8 de março de 1908, trabalhadoras do comércio de agulhas de Nova Iorque, fizeram uma manifestação para lembrar o movimento de 1857 e exigir o voto feminino e fim do trabalho infantil. Este movimento também foi reprimido pela polícia.

 

No dia 25 de março de 1911, cerca de 145 trabalhadores (maioria mulheres) morreram queimados num incêndio numa fábrica de tecidos em Nova Iorque. As mortes ocorreram em função das precárias condições de segurança no local. Como reação, o fato trágico provocou várias mudanças nas leis trabalhistas e de segurança de trabalho, gerando melhores condições para os trabalhadores norte-americanos.

 

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem ao movimento pelos direitos das mulheres e como forma de obter apoio internacional para luta em favor do direito de voto para as mulheres (sufrágio universal). Mas somente no ano de 1975, durante o Ano Internacional da Mulher, que a ONU (Organização das Nações Unidas) passou a celebrar o Dia Internacional da Mulher em 8 de março.

 

Objetivo da Data 

 

Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história.

 

Conquistas das Mulheres Brasileiras

 

Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

 

 Marcos das Conquistas das Mulheres na História 

 

- 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres.

 

- 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos.

 

- 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres.

 

- 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia.

 

- 1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs.

 

- 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas.

 

- 1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres.

 

- 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina.

 

- 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças.

 

- 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina.

 

- 1893 - a Nova Zelândia torna-se o primeiro país do mundo a conceder direito de voto às mulheres (sufrágio feminino). A conquista foi o resultado da luta de Kate Sheppard, líder do movimento pelo direito de voto das mulheres na Nova Zelândia.

 

- 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres.

 

- 1951 - a OIT (Organização Internacional do Trabalho) estabelece princípios gerais, visando a igualdade de remuneração (salários) entre homens e mulheres (para exercício de mesma função).

 

Você sabia?

 

- No Brasil, comemoramos em 30 de abril o Dia Nacional da Mulher.

 

- Hattie Mcdaniel foi a primeira atriz negra a ganhar uma estatueta do Oscar. O prêmio, recebido em 1940, foi pelo reconhecimento de sua ótima atuação como atriz coadjuvante no filme " E o vento levou ...".




 

http://ego.globo.com/

 

Veja 10 filmes sobre feminismo para comemorar o Dia da Mulher

Data é comemorada nesta quarta-feira, 8 de março. Lista de longas tem histórias reais, dramas políticos e lutas contra o preconceito.

Victor Hugo Camara

Do EGO, no Rio

10 filmes sobre o feminismo para assistir no Dia Internacional da Mulher (Foto: Reprodução)10 filmes sobre o feminismo para assistir no Dia Internacional da Mulher
Dia Internacional da Mulher (Foto: EGO)

Nesta quarta-feira, 8 de março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher. E, apesar de todos os dias serem das mulheres, a data é um motivo ótimo para refletir sobre o papel e a importância do sexo feminino na sociedade. Por isso, fizemos uma seleção de dez filmes - entre histórias reais, dramas políticos e lutas contra o preconceito - que mostram a importância do feminismo. Confira!

  •  
A Dama de Ferro (Foto: Reprodução)
A Dama de Ferro ("Iron Lady", em inglês)

'A Dama de Ferro', de Phyllida Lloyd | 2012: O filme é a biografia de Margaret Tatcher, a primeira - e, até hoje, única - mulher a ocupar o posto de primeiro-ministro do Reino Unido.

Interpretada por Meryl Streep, que ganhou o Oscar pelo papel, o longa retrata as dificuldades e os preconceitos que Tatcher sofreu para chegar ao cargo e as complicadas decisões políticas e financeiras que precisou tomar em um ambiente altamente patriarcal. Apesar de todos os obstáculos, a política ficou 11 anos no cargo, tornando-se a primeira-ministra a permanecer mais tempo no poder durante o século 20.

A Cor Púrpura (Foto: Reprodução)
A Cor Púrpura ("The Color Purple", em inglês)

'A Cor Púrpura', de Steven Spielberg | 1985: Relata a história de Celie, inicialmente com 14 anos, durante 40 anos de sua vida. Em sua juventude, era violentada pelo pai, chegando a dar à luz duas crianças antes de se tornar estéril. A personagem vive um drama no qual é separada dos filhos, além de ser tratada de forma ambígua – como escrava e companheira.

Ela compartilha seu sofrimento em cartas e, com tempo, se revolta com sua situação – em uma época em que as mulheres negras eram consideradas cidadãs de segunda classe – e toma consciência do seu valor e das possibilidades que o mundo lhe oferece. Oprah Winfrey, Whoopi Goldberg e Danny Glover estão no elenco.

Thelma & Louise (Foto: Reprodução)
Thelma & Louise ("Thelma & Louise", em inglês)

'Thelma & Louise', de Ridley Scott | 1991: Um clássico do cinema. Dirigido por Ridley Scott e escrito pela cineasta Callie Khouri, o filme mostra a história das amigas Thelma (Geena Davis) e Louise (Susan Sarandon), que deixam suas vidas antigas para trás e põem o pé na estrada, encontrando todo os tipos de sexismo possíveis ao longo de sua jornada.

'Erin Brockovich: Uma Mulher de Talento', de Steven Soderbergh | 2000: Dramatização da história real de Erin Brockovich (Julia Roberts), que lutou contra a empresa de energia Pacific Gas and Electric Company (PG&E) ao descobrir que a água de uma cidade no deserto estava sendo contaminada e espalhando doenças entre seus habitantes.

Livre (Foto: Reprodução)
Livre ("Wild", em inglês)

'Livre', de Jean-Marc Valléé | 2014: Perder a mãe, superar um divórcio e vencer o vício das drogas são ótimos ingredientes para descrever alguém que tem coragem de encarar de frente os problemas.

Em "Livre", Cheryl Strayed (Reese Witherspoon) decide mudar e investe em um novo recomeço em meio à natureza. Em busca de sua identidade e de um sentido para a vida, ela viaja 4.200 quilômetros por toda a costa oeste dos EUA, da fronteira do México até o Canadá.

Azul É A Cor Mais Quente (Foto: Reprodução)
Azul É A Cor Mais Quente ("La Vie d'Adèle -
Chapitres 1 & 2", em francês)

'Azul É a Cor Mais Quente', de Abdellatif Kechiche | 2013: A passagem da adolescência para o dia a dia adulto é um momento difícil de viver e ainda mais difícil de explicar. Por isso, são poucos os filmes que realmente se arriscam em traçar este caminho. Protagonizado por Léa Seydoux e Adèle Exarchopoulos, o longa retrata assuntos como a sexualidade entre duas mulheres e a luta contra o preconceito da sociedade.

'Tudo Sobre Minha Mãe', de Pedro Almodóvar | 1999: Com direção de Almodóvar, o filme lida com temas complexos como AIDS, transativismo, identidade sexual, religião, existencialismo e fé, enquanto conta a jornada de Manuela (Cecilia Roth), que após a morte acidental do filho retorna a Barcelona para contar a tragédia ao pai do menino. Em seu caminho, ela encontra sentido para sua solidão por meio de uma série de mulheres com quem vai conviver.

Terra Fria (Foto: Reprodução)
Terra Fria ("North Country", em inglês)

'Terra Fria', de Niki Caro | 2005: Após um casamento fracassado, Josey Aimes (Charlize Theron), mãe solteira e com dois filhos para sustentar, é contratada pelas minas de ferro de Minnesota, que sustentam a cidade há gerações. Ela está preparada para o trabalho duro e, às vezes, perigoso, mas o que não esperava era sofrer com o assédio dos seus colegas de trabalho. O filme se baseia no caso real de Eveleth Mines, que moveu o primeiro processo bem-sucedido de assédio sexual julgado nos Estados Unidos.

Histórias Cruzadas (Foto: Reprodução )
Histórias Cruzadas ("The Help", em inglês)

'Histórias Cruzadas', de Tate Taylor | 2011: Foca nas histórias de mulheres afrodescendentes nos Estados Unidos na década de 1960, as quais tinham que abandonar suas famílias para servir a elite branca local. No filme, uma das mulheres da elite as entrevista para mostrar ao mundo suas histórias. Protagonizado por Viola Davis, Octavia Spencer, Emma Stone e Bryce Dallas Howard.

'As Sufragistas', de Sarah Gavron | 2015: Conta o movimento feminista do início do século XX na Inglaterra, quando as mulheres estavam lutando para conseguir seus direitos de voto e melhores condições de vida. O movimento ficou conhecido como sufragista e conquistou vários direitos femininos. Estrelado por Helena Bonham Carter, Carey Mulligan e Meryl Streep.

  •  
As Sufragistas (Foto: Reprodução / As Sufragistas)As Sufragistas ("Suffragette", em inglês)


SOMOS MULHERES
Cheiro de Alecrim

“Parabéns para você, que lida com explosões hormonais uma vez ao mês. Que sente tudo inchar. Que chora por besteira. Que valoriza bobagens. Que acredita em filmes de amor. Que faz coleção de esmaltes. Que ama sapatos, bolsas e cacarecos para colocar no cabelo. Que compra só porque tava em liquidação. Que sempre precisa de alguma coisa. Que acha o amor a coisa mais bonita – e importante desse mundo. Que sabe como é fundamental olhar para si mesma – ainda que de vez em quando se perca e se preocupe em demasia com o “querer” do outro. Parabéns para você, que dia a dia aprende mais sobre você mesma. Que erra para aprender. Que é forte o suficiente para seguir em frente – sem lamúrias, mas com maturidade e sensatez. Que de vez em quando esquece a própria idade e o juízo em algum canto. E depois acha, como mágica. Parabéns para você, que tem um sonho. Que não desiste, apesar do que falam. Que não se abala, apesar do medo. Que sente uma fraqueza interna, mas caminha com passos firmes. Que fica tonta, mas não desmaia. Que apesar de cada pedra no caminho, corre. Que reclama dos problemas, mas entende que a vida é feita deles. Que tenta entender o defeito alheio – e procura perceber os seus.”
Clarissa Corrêa

Feliz Dia 08 de março.
Que não apenas nesta data, mas que todos os dias sejam seus...
Feliz dia Mulheres lindas.
Il. Iris Scuccato


Um texto muito  bom.
A mulher brasileira e suas lutas
Somos capazes, somos tenazes, somos geradoras  da vida
AnaMedeiros
http://istoe.com.br/
                                   

As várias faces da mulher brasileira

Pesquisa revela quem são e como pensam as brasileiras hoje e qual será o futuro delas em um país cada vez mais feminino

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As profundas transformações socioeconômicas pelas quais o Brasil passou nas últimas décadas tiveram como protagonistas as mulheres. De 1992 até 2012, mais mulheres passaram a frequentar escolas e a trabalhar com carteira assinada, ajudando, assim, a fortalecer a economia do País. Hoje, elas já representam 40% da massa de renda total dos brasileiros ? há 20 anos, essa participação não chegava a 30%. Desde 2002, a renda feminina no Brasil cresceu 62%, ao passo que a dos homens cresceu 39% (leia quadro na página 79). Além dos avanços sociais, a maioria das brasileiras sonha abrir seu próprio negócio. Elas também valorizam a independência financeira, ao mesmo tempo que associam felicidade à formação de uma família. Grande parte ainda se apega à religião como norte do desenvolvimento moral, porém sem se esquecer que a vida real exige uma tolerância maior do que a pregada pela maioria das crenças. Apesar de todos esses pontos em comum, no entanto, as brasileiras podem ser muito diferentes entre si, segundo revela uma recente pesquisa realizada pelo instituto Data Popular, em parceria com o projeto Tempo de Mulher.

Após ouvir 1,3 mil mulheres em 44 cidades do País, o estudo identificou os cinco perfis mais comuns entre as brasileiras. Em primeiro lugar, representando 25% das mulheres do Brasil, estão as conservadoras. São pessoas acima dos 50 anos, em sua maioria aposentadas (44% delas), ou donas de casa (28%), casadas (54%) ou viúvas (32%), católicas (59%), com baixa escolaridade e mais conservadoras em suas opiniões. Elas valorizam a religião, não estão propensas a aceitar relações homoafetivas, acreditam menos no poder de seu voto e são mais pessimistas que a média. Tão representativas quanto as conservadoras estão as tradicionais, que também correspondem a 25% das mulheres do País. Para essas brasileiras, a religião é, sim, muito importante, porém elas são mais tolerantes em relação às uniões homoafetivas, valorizam mais a independência financeira feminina e são mais otimistas. O perfil das tradicionais é o de a uma mulher de meia-idade (entre 40 e 50 anos), casada (69% delas), que estudou até o ensino médio (69%) e tem o trabalho como sua prioridade.

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Em terceiro lugar chegam as promissoras, mulheres jovens de até 34 anos, com alta escolaridade (uma em cada três tem ensino superior), que trabalham, são conectadas à internet e se preocupam com o corpo (38% frequentam academias). São brasileiras independentes financeiramente e que valorizam a carreira ? para elas, felicidade não é apenas constituir família. As promissoras em geral também são menos conservadoras, aceitam as relações homoafetivas e possuem menos apreço pela religiosidade. Valores parecidos com aqueles defendidos pelas desprovidas, o quarto maior grupo entre as brasileiras (16%). Como o próprio nome diz, as desprovidas são mulheres bem jovens (metade delas tem até 24 anos), concentradas nas classes com menor renda, que não trabalham (73%), mas que, apesar da pouca idade, já têm ao menos um filho. Embora estejam em uma condição financeira ruim, elas têm mais vontade de empreender do que a maioria, valorizam muito a independência feminina e aceitam a diversidade sexual. O quinto perfil mais comum é o das lutadoras, que correspondem a 15% das brasileiras. Com 25 a 49 anos, separadas ou viúvas (51%), economicamente ativas (77%) e em esmagadora maioria chefes de família (95%), essas mulheres representam o futuro das desprovidas. Geralmente se tornaram mães cedo, tiveram de parar os estudos, mas depois retomaram a educação e hoje batalham para sustentar a família. Elas são religiosas, valorizam o empreendedorismo e priorizam a família.

Mas como serão as mulheres no Brasil do futuro? Segundo a pesquisa, a próxima geração de brasileiras promete ser menos conservadora ? apenas 1% delas terão esse perfil. As promissoras representarão 35% do total de mulheres, enquanto as lutadoras chegarão a 30%. Em terceiro lugar estarão as tradicionais (28%) e em quarto as desprovidas (6%). A maioria das futuras brasileiras também valorizará mais a independência financeira feminina, considerando a educação e o trabalho como os passaportes para essa independência. ?O interessante do Brasil é ver o quão rápido essas transformações sociais acontecem. Em apenas dez anos o perfil das brasileiras mudou muito e mudará mais ainda na próxima década?, diz Renato Meirelles, sócio-diretor da Data Popular

As várias faces da mulher brasileira

Paula Rocha



           Notícias de Campo Grande e Mato Grosso do Sul
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Cantineira mais antiga do Auxiliadora procura aluno de quem ganhou porta-joias

Dona Damiana é uma guerreira, mudou a história da família vendendo salgados

Thailla Torres
Com a mesma doçura de sempre, Dona Damiana carrega um desejo simples no coração. (Foto: Alcides Neto)Com a mesma doçura de sempre, Dona Damiana carrega um desejo simples no coração. (Foto: Alcides Neto)

São só 15 minutinhos! Esse é o tempo que dona Damiana, de 79 anos, tem para vender os salgados na hora intervalo. Ela está há 36 anos na cantina do Colégio Auxiliadora. Foi a primeira e única salgadeira dali. Hoje, com os olhinhos cheios de emoção, passa os dias na esperança de reencontrar o aluno que há 30 anos lhe presenteou com um lindo porta-joias. O desejo? Só um abraço apertado, para dizer mais uma vez, obrigada.

A tristeza é não se lembrar do nome, o que tornaria mais fácil a tentativa de reencontro. Damiana só descreve o jeitinho que o presente lhe foi entregue. "Ele era tão pequeno, mas eu não me lembro o nome. Hoje ele deve ser um doutor ou alguma coisa. Ele trouxe um presentinho, de certo foi a mãe que deu pra ele me entregar. Tenho uma carinho enorme por ele".

Depois de tanto tempo, o desejo simples que dona Damiana explica, é de fazer qualquer um se emocionar. Para ela, o carinho foi eternizado em um gesto que marcou para sempre a vida. "Eu acho aquele porta-joias tão lindo, ainda lembro como ele veio aqui me entregar. Agora eu tenho tanta vontade de dar um abraço nele, porque eu já estou beirando os 80 anos, né", justifica.

Dona Damiana guarda com carinho presente que ganhou presente que ganhou do aluno. (Foto: Arquivo Pessoal)
Dona Damiana guarda com carinho presente que ganhou presente que ganhou do aluno. (Foto: Arquivo Pessoal)

O jeito doce nas palavras e o brilho nos olhos, quando lembra do passado, deixa claro o porquê de Damiana Gonçalves de Almeida ter se tornado alguém tão especial. Além do título de salgadeira mais antiga, ficou conhecida pelo pão italiano mais saboroso da cidade. E não é por menos, a massa fininha e o sabor lembram pão que acabou de sair do forno.

O salgado é o carro-chefe da cantina. De todos, o mais vendido. Damiana já ofereceu de tudo por ali: coxinha, quibe e até risoles. Mas hoje, pensando na saúde dos alunos, fritura não entra mais na opção de salgados, somente os assados. 

O segredo para tanto sucesso? Está no preparo. Caprichosa e exigente na hora da produção, salgado bom para Damiana é só aquele feito no dia. Nada de congelados também entra na cantina. 

Por isso, o dia dela começa às 4h da manhã, quando vai para cozinha ao lado da filha Terezinha. "Tenho que fazer no dia. Esse negócio de coisa congelada não funciona. O pão italiano, para ficar bom, tem que ser fresquinho, vai cebola né, não dá pra deixar para o outro dia", explica. 

Tudo é preparado e assado até às 8h, em seguida, Damiana segue com a filha para a escola, para aproveitar os 15 minutos de venda pela manhã.

Pão italiano é o salgado preferido dos alunos.
Pão italiano é o salgado preferido dos alunos.

Damiana conta que, graças a profissão, conquistou uma vida tranquila e o orgulho de ter formado os 9 filhos. "Eu nunca sai daqui, por que aqui é a minha profissão e foi assim que eu criei todos os filhos. Todos são formados, na família tem advogados, professora, assistente social e analista de sistemas", detalha. 

Passa ano e entra ano, a cantineira continua ali pela confiança conquistada. O lugar se tornou a segunda casa. "Só tenho que agradecer a Deus e as irmãs que me apoiaram e me abraçaram. Passa ano, entra diretor e sai diretor, mas nunca me tiraram daqui”, agradece. 

Damiana nasceu em Ponta Porã, casou há 61 anos e veio para Campo Grande em 1968, com o marido e 5 filhos que já tinha. As crianças eram pequenas e o casal levava uma vida humilde. O primeiro bairro em moraram foi no Jardim dos Estados. Mas da época, só há mato nas lembranças. "Não tinha nada ali por perto, a gente comprou um terreno e aos pouquinhos começamos a construir". 

Ela recorda de momentos difíceis. "A necessidade me fez vender salgado, eu vendia na rua para ajudar na despesa de casa. Meu marido trabalhava como ferroviário, mas o salário não era tão bom para fazer tudo que precisava", recorda. 

Religiosa e devota de Nossa Senhora Aparecida, Damiana frequentava o oratório do Colégio Auxiliadora todo fim de semana, na época, era semelhante a um projeto social, onde as pessoas faziam cursos, lembra. 

A fama boa de salgadeira, já naquele tempo, garantiu o reconhecimento por uma das irmãs que convidou Damiana a assumir a cantina, que até então, só era comandada por freiras.

Quando tinha 65 anos, Damiana conseguiu concluir o ensino fundamental na escola.
Quando tinha 65 anos, Damiana conseguiu concluir o ensino fundamental na escola.

"Eu vinha todo domingo com aquela penca de filhos. O menor tinha só 1 ano quando eu comecei a frequentar a escola. Frequentei durante 3 anos o oratório. De repente, uma das irmãs me convidou dizendo que as freiras não poderiam mais tocar a cantina. Mas isso ela falou em um domingo e já era pra eu começar na segunda". 

O convite foi aceito na hora. "Falei: É pra já. Meu filhos me ajudaram, meu marido também e conseguimos fazer todos os salgados. Foi assim que eu comecei", diz toda orgulhosa.

Com o tempo, foi se aperfeiçoando e cada vez mais caprichando na cozinha que hoje dá gosto de ver. "Aqui tudo é certinho, com todo cuidado, tenho curso de manipulação de alimentos. Porque esse é o meu trabalho".

Estudante - Do salgado da cantina, Damiana chegou à sala de aula. Em Ponta Porã só estudou até a quarta série. No Colégio Auxiliadora, graça ao incentivo da direção, com 65 anos retornou à sala de aula para terminar até a oitava série. "Foi graças à escola. Todo mundo ficou surpreso, porque eu estava numa sala com um monte de aluno pequeno. Os professores até me citavam de exemplo", conta. 

Formada em Letras, a filha Terezinha é única que não exerce a profissão, não por falta de oportunidade, mas por orgulho de trabalhar ao lado da mãe. "Ela sempre contou com a nossa ajuda e isso aqui foi o que transformou a nossa vida. Mudou a nossa história. Foi com muita garra e com muita responsabilidade", avalia a filha.

Faça chuva ou sol, a filha não se recorda de um dia sem vender os salgados. "Tudo dela é dentro do horário. Lembro que na época não tinha carro bom, e quando ele dava um problema, fazia a gente correr para chegar com ela na hora para vender os salgados. Porque nosso horário é só 15 minutos, então não pode perder nenhum minuto".

Duas dos 9 filhos que sempre apoiaram Dona Damiana. (Foto: Alcides Neto)
Duas dos 9 filhos que sempre apoiaram Dona Damiana. (Foto: Alcides Neto)

Mesmo seguindo profissões distintas, todos os filhos ajudam a mãe sempre que podem. "Não importa se é advogado ou não. Se eu ligar e falar que preciso de ajuda, eles vêm, me ajuda em alguma evento. Não tem essa, eles têm muito orgulho de ser filho da salgadeira, porque foi isso aqui que mudou a vida deles", comenta.

Damiana também se orgulha do tempo que o cantor Luan Santana estudou no colégio. Foi um cliente fiel. "Ele adorava o pão italiano. Sempre soube comer meu salgadinho", diz sorrindo. 

De felicidade, diz emocionada quando ele contou sobre uma das primeiras apresentações. "Eu lembro que ele chegou e me falou: tia vou para Barretos. Ele estava muito feliz, sempre foi um menino muito querido", garante. 

Eu pergunto se tem vontade de abraçar Luan e a risada não nega. "Mas será que ele vai? Hoje ele tem outra vida né. Mas eu ficou feliz que ele está bem, ele mereceu muito", afirma.

Mas por enquanto, o que ela mais quer mesmo, é encontrar o garotinho do porta-joias.

Se alguém aí souber do paradeiro dele, conta pra gente lá na página do Lado B no Facebook.



A dor   e  a  alegria de ser mulher
Estamos em um tempo moderno  e cada vez mais racista, violento, machista.
Trabalhamos incansavelmente  as vezes quatro turnos,  dois no serviço convencional,  um em casa  e quando  os filhos  adoecem  ficamos  de  guarda até que melhorem, quando  saem a  noite  com amigos  ficamos  acordadas até  que voltem.
Sofremos discriminação por  que  somos gordas  e se somos muito magras também.
Se  somos negras, referem-se  a  nós, quando  nos acham bonita, não como:que mulher linda!   E  sim:que  negra linda!
E a mulher  aí  como fica? Ela não é mulher?É apenas negra?  Esse é o preconceito da mídia, por  que  eu  já  vi em várias reportagens  essa  frase
No emprego  somos muitas  vezes mais  capazes, organizadas e  tenazes, mas o salário é sempre menor, promoção só por algum milagre.
As feministas descaracterizaram  o feminismo, passando algo grotesco como imagem da mulher.
A  força física  feminina não se compara com  a força física masculina, por  isso muitas de  nós apanhamos e por medo de apanharmos novamente nos  calamos.
As palavras  de agressão psicológicas são tão violentas quanto a agressão física.
A maioria dos homens  se sentem  donos  e proprietários das  esposas, ainda  nos dias  de  hoje. Tempos  modernos  dizem,  imagine  se fosse a idade da pedra!
Mas nós amamos, somos peritas  em darmos amor!
Quando pegamos  um filho  no  colo pela primeira vez vemos  a alegria  e  o milagre da vida saindo de dentro  de nós.
Sabemos que  aquele ser  tão pequeno é nosso, mesmo depois que morrermos, por que sempre vai  referir a nós  como: a minha mãe!
A alegria  dos primeiros passos, das  primeiras  palavras, o primeiro  dia  na escola, a formatura, o casamento.
O  primeiro neto, uma   sensação de glória, depois o segundo, terceiro, oitavo décimo,  a sensação  é igual, é nosso segmento em outras  vidas.
A  dor da vida  tem preço, tem peso, raça  e credo
Mas as  alegrias que emanam em  nós, como força  de sobrevivência não têm preço,  não têm raça, não  tem peso, não tem credo!
Infelizmente,  a   dor e  a alegria  são paralelas na  vida  de  todas  nós  mulheres.
AnaMedeiros



 

NAQUELE  DIA....

 

Jornalista Emmy Louise

Um homem chegou em casa, após o trabalho, e encontrou seus três filhos brincando do lado de fora, ainda vestindo pijamas.
Estavam sujos de terra, cercados por embalagens vazias de comida entregue em casa.
A porta do carro da sua esposa estava aberta.
A porta da frente da casa também.
O cachorro estava sumido, não veio recebê-lo.
Enquanto ele entrava em casa, achava mais e mais bagunça.
A lâmpada da sala estava queimada, o tapete estava enrolado e encostado na parede.
Na sala de estar, a televisão ligada aos berros num desenho animado qualquer, e o chão estava atulhado de brinquedos e roupas espalhadas.
Na cozinha, a pia estava transbordando de pratos; ainda havia café da manhã na mesa, a geladeira estava aberta, tinha comida de cachorro no chão e até um copo quebrado em cima do balcão.
Sem contar que tinha um montinho de areia perto da porta.
Assustado, ele subiu correndo as escadas, desviando dos brinquedos espalhados e de peças de roupa suja.
‘Será que a minha mulher passou mal?’ ele pensou.
‘Será que alguma coisa grave aconteceu?’
Daí ele viu um fio de água correndo pelo chão, vindo do banheiro.
Lá ele encontrou mais brinquedos no chão, toalhas ensopadas, sabonete líquido espalhado por toda parte e muito papel higiênico na pia.
A pasta de dente tinha sido usada e deixada aberta e a banheira transbordando água e espuma.
Finalmente, ao entrar no quarto de casal, ele encontrou sua mulher ainda de pijama, na cama, deitada e lendo uma revista.
Ele olhou para ela completamente confuso, e perguntou: Que diabos aconteceu aqui em casa?
Por que toda essa bagunça?
Ela sorriu e disse:
– Todo dia, quando você chega do trabalho, me pergunta:
– Afinal de contas, o que você fez o dia inteiro dentro de casa?’
– Bem… Hoje eu não fiz nada, FOFO !!




 

                                   A VEREADORA
                                   OCTAGENÁRIA

A pessoa mais velha eleita vereador no Brasil é mulher e em 12 anos de câmara nunca faltou ou se atrasou para o trabalho. Com quase 89 anos, Dona Lourdes ainda quer fazer mais no próximo mandato

Maria de Lourdes Beserra de Souza, mais conhecida como Dona Lourdes do Santa Quitéria, ocupa um gabinete na Câmara Municipal de Curitiba há 12 anos. Em 2017, ela segue no ofício como a candidata mais velha eleita no Brasil: no dia 3 de dezembro, completa 89 anos de idade, feliz e disposta. “Em todos esses anos de Câmara, não faltei nenhum dia, nunca me atrasei ou justifiquei. Então, é a prova de que eu tenho saúde e estou bem, né?”

O interesse pela política sempre existiu, embora a primeira candidatura tenha vindo apenas quando já estava aposentada, após 30 anos de trabalho como telefonista. “Eu trabalho desde os 12 anos. Depois que me aposentei fui para casa e, como moro sozinha, minha vida ficou assim meio monótona, muito parada. Então, resolvi me candidatar e para minha surpresa já na primeira vez consegui me eleger. E estou aqui até hoje!”, conta.



 

EMPALAMENTO:  DOR E MORTE  NO                                    

                              ESTUPRO

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 FONTE:

 Lado M - Conteúdo para o Empoderamento Feminino

É preciso falar sobre o assassinato, abuso e empalamento de Lucía Pérez

                                                  Lucía Pérez, menina assassinada em Mar del Plata

Helena Vitorino By in , , , , ,
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Na faculdade, havia um rapaz que usava uma palavra desconcertante para se referir às atividades sexuais dos colegas: “empalar”. Às sextas-feiras, ele fazia uns gestos obscenos enquanto indagava os amigos: “E aí, vai empalar as mina hoje?”. Por mais que esse termo não me fosse completamente estranho, o contexto desumano em que colocava essas palavras me incomodava.

E me incomoda especialmente na data de hoje, com a notícia de assassinato de uma jovem estudante argentina de 16 anos. A causa da morte foi empalamento. Este ato, considerado método de tortura, é causado pela inserção de uma estaca no orifício anal, vaginal ou umbilical da vítima, para que a vítima morra de dores ou hemorragia, atravessada por uma vara.

Pergunto-me: qual a correlação de fatores tão dispersos em tempo e geografia, e ao mesmo tempo tão conectados entre si: um jovem brasileiro de classe média, explodindo virilidade no grito, chamando a atenção pra si, e uma adolescente abandonada na porta de um hospital, cuidadosamente lavada e vestida, com um rompimento vaginal tão profundo que levou o médico às lágrimas?

Além do uso da palavra “empalar” – que, de alegre fetiche dos crianções amancebados, virou causa mortis no relatório de um legista argentino -, o que há de comum nessas duas histórias é a naturalidade. Nós, mulheres, somos mortas diariamente no diálogo, no verbal: aquele gesto obsceno do rapaz, aquela flama no olhar, aquela pergunta, “Vai empalar hoje?” me gelava a espinha. Parecia uma profecia. Nesse instante, eu cristalizei a dura percepção de que o prazer sexual masculino fantasia e verbaliza constantemente sobre a nossa morte. 

O feminicídio contra Lúcia Pérez

Lucía Pérez Montero tinha 16 anos, era estudante e vivia em Mar del Plata, na Argentina, com os pais. Quando foi deixada na porta de um hospital, no dia 08 de outubro, os médicos que tentaram reanimá-la julgaram que a causa da morte seria overdose: mesmo com o rosto lavado, Lucía ainda apresentava resquícios de cocaína no nariz.

Aquilo, no entanto, era estranho: o consumo havia sido desesperadamente febril, pois as narinas de Lucía estavam completamente queimadas por dentro. Ninguém conseguiria aspirar tanto pó daquela forma, principalmente uma jovem como ela, que não era usuária de drogas. E a partir dessa suspeita, os médicos descobriram que a verdadeira da morte de Lucía Pérez não era overdose, mas um brutal abuso sexual: os legistas descobriram que Lucia sofreu imposição de consumo de drogas, e que a tortura sexual provocou rompimentos profundos em via vaginal e anal. Os três agressores, que têm entre 23, 41 e 61 anos, são vendedores de drogas.

Um dos suspeitos é Juan Pablo Offidani, de 41 anos. Filho de um famoso notário jurídico da Argentina, Pablo estudou nos melhores colégios, teve acesso aos melhores recursos, mas, mesmo assim teve uma adolescência conturbada, período em que se envolveu com drogas. Viveu no Brasil durante um tempo, hospedado na pousada da madrasta, em Trancoso, e voltou à Argentina, acompanhado de uma mulher e o filho dela, Martín Farias. Martín tem 23 anos, e é o segundo acusado da morte de Lucia.

Todas as mulheres podem ser Lúcia Pérez

A morte de Lucía me revoltou. Quando abri as primeiras notícias, marejei os olhos diante de sua foto. Onde eu estava aos dezesseis anos? Quantas vezes passei perto da morte sem saber, em condições parecidas ou mais perigosas do que a que ela esteve, para estar hoje aqui escrevendo sua história?

A memória de Lucía Pérez segue sendo violada, diariamente: a palavra “empalamento” teve tantas buscas na internet como depois do dia 08 de outubro. Pesquisas como “Lucía empalada” e “imagens do corpo” seguem crescendo, à medida que a impunidade avança, voraz e insolentemente, sobre nossos corpos. E a nossa morte, que é corriqueira, vazia e vulgar, vira pano de devaneio sexual do mundo masculino. Quando meu colega dizia “Hoje eu vou empalar”, ou quando o Biel disse “Eu te quebro no meio”, é tudo isso: é a morte diária, que nos mata intimamente na dignidade quando ouvimos frases desse tipo. E que, no caso de Lucía Pérez, assassinou uma vida em progresso, cessou um respiro, calou um grito.

As agressões sexuais na Argentina aumentaram 78% entre 2008 e 2015, segundo dados do próprio Ministério de Segurança argentino. No Brasil, entre 2009 e 2011, foram registrados 16.993 casos de feminicídio. E nas escolas, nas faculdades, nos almoços de família e nos grupos de whatsapp, nunca morremos tanto. Empaladas, quebradas ao meio, destruídas, aleijadas – tudo isso são termos que os homens usam para descrever seu desejo sexual com as mulheres.

Lutar para que não haja mais nenhum caso como o de Lucia é lutar para que toda essa fantasia assassina morra. Não, não é normal que um homem diga que vai “estropiar” uma mulher; não é normal dizer que vai “aleijá-la”. Não, isso não é engraçado. E não, não vamos nos calar. Devemos isso à Lucia. E devemos isso a nós mesmas



“Nós podemos. Eu posso”

A campanha “Nós podemos. Eu posso” é promovida mundialmente pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), que congrega mais de 800 organizações em 155 países, os quais também adotarão o lema “We can. I can”. O objetivo é estimular a população de todo o planeta a adotar, individualmente ou em grupo, hábitos de vida saudáveis, como não fumar, reduzir o consumo de bebida alcóolica e evitar exposição aos raios ultra-violetas, além de comer de modo saudável e se exercitar. O IBES – Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde participa da campanha.

 

OBESIDADE

Segundo estimativas do Inca (Instituto Nacional do Câncer), cerca de 15 mil novos casos de câncer no Brasil em 2016 deverão ser atribuídos ao excesso de peso e à obesidade, que aumentaram de forma alarmante nas últimas décadas. Os três tipos de câncer responsáveis pela maior parte dos novos casos da doença em 2016 (excluindo o de pele não melanoma) são fortemente relacionados ao excesso de peso e à obesidade: próstata, mama e cólon e reto.

Mudanças no padrão de alimentação tradicional do brasileiro e o elevado índice de sedentarismo, entre outros fatores, criaram condições para a deflagração de uma verdadeira epidemia de obesidade no país, seguindo tendência verificada em países desenvolvidos. “O brasileiro está trocando o tradicional feijão com arroz e os alimentos frescos por produtos industrializados de toda sorte, fast food, bebidas açucaradas, biscoitos. Esse processo aconteceu ao longo das últimas décadas e já provoca impactos diretos na incidência de câncer”, afirma Luis Fernando Bouzas, diretor-geral do Inca. Bouzas enfatiza que a mobilização para o controle da obesidade deve ser ampla e contar com o apoio de entidades médicas, como a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a Sociedade Brasileira de Pediatria, a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica, a Sociedade Brasileira de Nutrição Oncológica e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, entre outras.

O Inca estima que haverá no Brasil este ano 61.200 novos casos de câncer de próstata, que é o tipo mais comum entre os homens, e 57.960 novos casos de câncer de mama, o mais incidente entre as mulheres. Colón e reto será o terceiro mais incidente, com 34.280 novos casos (16.660 em homens e 17.620 em mulheres). Além desses três tipos principais, há evidências da relação entre o excesso de peso/obesidade com os seguintes cânceres: esôfago, pâncreas, endométrio (corpo do útero), ovário, rim e vesícula biliar. Endométrio e ovário apresentam posição relevante em determinadas regiões do país. Entre as mulheres, em 2016, o câncer de endométrio será o quinto mais incidente na Região Sudeste (4.180 novos casos), enquanto o câncer de ovário será o quinto mais incidente (530 novos casos) na Região Centro-Oeste.

 

OB

As pesquisas sobre a saúde dos brasileiros indicam com clareza o avanço da obesidade nas últimas décadas. Enquanto na década de 70 cerca de 24% da população adulta apresentavam excesso de peso e 6% obesidade (Estudo Nacional de Despesa Familiar – Endef 1974-1975), na primeira década de 2000 em torno de 41% da população com mais de 20 anos apresentavam excesso de peso e 11% obesidade (POF, 2003). Dez anos depois, a Pesquisa Nacional de Saúde – PNS de 2013 revelou que esses valores saltaram para 56,9% de excesso de peso e 20,8% de obesidade, o que significa que 82 milhões de brasileiros com mais de 18 anos estão acima do peso adequado. O processo de mudança do padrão alimentar da nossa população é preocupante, afirma o INCA. A quantidade média per capita comprada de arroz polido e feijão caiu 40,5% e 26,4%, respectivamente, no período de 2003-2009 (Pesquisa de Orçamento Familiar 2002-2003; 2008-2009). Por outro lado, a compra de alimentos ultraprocessados – ou seja, caracterizados por densidade energética elevada e alto teor de gordura, açúcar e sódio -, passou de 20% entre 2002-2003 para aproximadamente 28% entre 2008-2009 (POF 2008-2009). Em 2013, cerca de 22% da população consumia doces e bebidas açucaradas em cinco ou mais dias da semana (Pesquisa Nacional de Saúde – PNS, 2013) e 63% dos brasileiros não consumiam a quantidade recomendada de frutas e hortaliças (pelo menos 400 gramas por dia). Para completar o quadro, 46% dos brasileiros eram, em 2013, insuficientemente ativos, ou seja, não praticavam atividade física regularmente.

Os focos da campanha “Nós Podemos. Eu posso” são as atitudes individuais e coletivas para prevenir o câncer, ações como alimentar-se bem e praticar atividade física regularmente. Para obter outras informações e participar da campanha, acesse www.inca.gov.br/wcm/dmdc/2016. O site oficial da campanha mundial, em inglês, pode ser acessado aqui.

Neste Dia Mundial do Câncer, o Inca lançou também o desdobramento por estados e capitais das estimativas para novos casos de câncer em 2016 e 2017. As informações estão no link www.inca.gov.br/estimativa/2016.

 

FONTE> MINISTÉRIO DA SAÚDE



 

Resultado de imagem para fotos outubro rosa 2016
Só depende do um toque para  que o mais raro perfume seja, o cheiro da  saúde, para depois poder  desfrutar o cheiro de uma paixão, num corpo de mulher.
AnaMedeiros

 

APALPE-SE, EXAMINE-SE, FAÇA OS EXAMES PREVENTIVOS SEMPRE, PARA PODER  CONTINUAR DESFRUTANDO DESSE PERFUME....

AnaMedeiros  
aos 67 anos

 Recebi da amiga Kelly Tokeshi

 

Tudo em ROSA para homenagear  o  OUTUBRO  ROSA

"Defeito de Mulher"

Quando Deus fez a mulher, já estava nas horas extras de seu sexto dia de
trabalho.

Um anjo apareceu e perguntou:
- Senhor, por que gastas tanto tempo com esta criatura?

E o Senhor respondeu:
- Você viu a 'Folha de Especificações' para ela?
- Ela deve ser completamente flexível, porém não será de plástico, deve
ter mais de 200 partes móveis, todas arredondadas e macias e deve ser
capaz de funcionar com uma dieta rígida, ter um colo que possa acomodar
quatro crianças ao mesmo tempo, ter um beijo que possa curar desde um
joelho raspado até um coração ferido'

O anjo se maravilhou com os requisitos e indagou curioso:
- E este é somente o modelo Standard?

E ponderou:
- Senhor, é muito trabalho para um só dia, espere até amanhã para
terminá-la.

E o senhor retrucou:
Não. Estou muito perto de terminar e esta criação é a favorita de Meu
próprio coração. Ela se cura sozinha, quando está doente; e pode trabalhar
18 horas por dia.

O anjo se aproximou mais e tocou a mulher.
- Porém a fizeste tão suave Senhor!

E Deus disse:
- É suave, porém, a fiz também forte. Não tens idéia do que pode agüentar
ou conseguir.

- Será capaz de pensar? - perguntou o anjo.

Deus respondeu:
- Não somente será capaz de pensar, mas também de raciocinar e negociar,
mesmo que pareça ser desligada ela prestará atenção em tudo o que for
importante.

Então, notando algo, o anjo estendeu a mão e tocou a pálpebra da mulher...
- Senhor, parece que este modelo tem um vazamento... Eu Te disse que
estavas colocando muitas coisas nela.

- Isso não é nenhum vazamento.... . É uma lágrima - corrigiu o Senhor.
- Para que serve a lágrima?' - perguntou o anjo.

E Deus disse:
- As lágrimas são sua maneira de expressar seu amor, sua alegria, sua
sorte, suas penas, seu desengano, sua solidão, seu sofrimento e seu
orgulho.

Isto impressionou muito ao anjo.
- És um gênio, Senhor. Pensaste em tudo. A mulher é verdadeiramente
maravilhosa.

- Sim, ela é!

- A mulher tem forças que maravilham os homens.
- Agüentam dificuldades, carregam grandes cargas físicas e emocionais,
porém, têm amor e sorte.
- Sorriem, quando querem gritar.
- Cantam, quando querem chorar.
-  São capazes de renunciar a tudo que tem por precioso, por amor e obediência a mim, mesmo que não compreendam nada ainda, apenas confiam.
- Choram, quando estão felizes e riem, quando estão nervosas.
    - Lutam pelo que acreditam..
- Enfrentam a injustiça.
        - Não aceitam 'não' como resposta