Alma, espirito, lutas, incertezas, tragédias, dramas, alegrias, sucesso, insucesso, lágrimas, grito sufocado, histeria, ser grande, ser pequeno, ser família, ser mãe, ser pai, ser amiga, ser só, ser tudo, ser nada , sentir dor, suicídio, morte, cura...
Esses são os sentimentos da depressão!
AnaMedeiros
O GRITO MUDO
http://amenteemaravilhosa.com.br/
Não se faça em pedaços para manter os outros completos
Frequentemente nos quebramos em pedaços para manter outras pessoas completas, para não abrir feridas ou não deixar que doam nelas aquelas feridas que já têm. Fazemos isso sem nos darmos conta ou, ao menos, sem darmos importância a isso.
Quando nos acostumamos a dar sem receber acabamos sentindo que dedicar-nos a nós mesmos é algo egoísta, mas nada mais longe da verdade. A troca é essencial em toda relação e toda pessoa precisa dela sendo um ser emocional.
Amar a nós mesmos é algo que devemos cultivar todos os dias para nos manter completos. Porque quando estamos despedaçados uma consequência direta é o sofrimento, e esta não deixa darmos o melhor de nós mesmos.
Quando ficamos em pedaços?
Ficamos em pedaços quando deixamos de cuidar de nós.
Ficamos em pedaços quando evitamos fazer aquilo que gostamos.
Nos despedaçamos quando deixamos de cultivar nossa felicidade ou quando postergamos nossos interesses.
Nos partimos em pedaços quando não nos escutamos nem nos prestamos ajuda.
Nos partimos em pedaços quando priorizamos as necessidades dos outros e não prestamos atenção às nossas.
Quando queremos ser perfeitos e deixamos de ser nós mesmos.
Quando tentamos agradar e maquiar nossa realidade ou nossa opinião.
Quando nos esquecemos do que precisamos e nos obrigamos a passar na frente de nossas necessidades os desejos dos outros.
Quando transformamos o sacrifício em obrigação.
Quando achamos que somos pessoas ruins porque nos afastamos de um ambiente que nos faz mal para respirar aliviados.
Quando cedemos a chantagens emocionais e favores que impedem nosso próprio crescimento.
Quando sacrificamos nosso bem-estar e nos deixamos levar pela inércia de quem nos acompanha mas nos atrasa, deixando de lado o que nos agrada para fazer com que os outros se sintam bem.
É complicado sim, por isso devemos optar pelo equilíbrio entre as paixões, o cuidado e a dedicação a si mesmo e ao outro. Se assim fizermos, viveremos deliciosamente contemplando nossa essência plena, sem exceções ou poréns.
Às vezes devemos esquecer o que sentimos para lembrar o que merecemos
Quando não temos reciprocidade estamos sendo agressivos com o princípio do equilíbrio, que devemos manter sempre para termos sucesso em nos mantermos completos e não nos despedaçarmos.
Devemos lembrar que as relações afetivas não são uma mera interação, mas exigem uma troca equilibrada e satisfatória que faça sentido quando colocada na nossa balança social e afetiva.
Ou seja, não podemos fazer de nossas relações apenas oportunidades de “dar”, mas também devemos procurar que haja um equilíbrio com o “receber”. Isso não é egoísta nem mesquinho, mas sim enriquecedor.
Quem dá tudo em primeiro pessoa, quem se oferece inteiramente aos outros, não recebe nada em troca e não trabalha em si mesmo, termina sentindo-se vazio e machucado.
Não podemos deixar de lado nossa auto estima para procurar a felicidade alheia, pois acabamos sendo vítimas da nossa própria atitude.
Só jogando com o interesse pessoal e o alheio podemos cultivar nosso próprio desenvolvimento sem deixar de lado o outro. Ou seja, mantendo a balança equilibrada, numa linha reta e perfeita.
Dar e receber são partes de um todo. Quando alcançado, esse todo nos faz sentir capazes de amar e merecedores de amor e reconhecimento. Baseando-se nisso devemos ser capazes de manter nossos direitos: pode ser que em algum momento haja algo que não nos fará bem ou que simplesmente não nos agradará fazer. Nesse momento devemos fazer valer nosso direito de manter nosso próprio espaço.
Cultivar nossos interesses e passatempos: esta é a base para a satisfação, para a felicidade e para o crescimento pessoal. É importante que não deixemos de nos cuidar e de dar alimento aos nossos desejos.
Lembre-se de que as grandes mudanças sempre vêm acompanhadas de algumas dificuldades. Ainda que a mudança doa e seja incômoda, a melhora gradual lhe mostrará que longe de ser um fim, é a oportunidade do início de um grande momento emocional.
DRÁUZIO VARELLA –
Se não quiser adoecer fale de seus sentimentos.
Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o tempo, a repressão dos sentimentos, a mágoa, a tristeza, a decepção degenera até em câncer.
O diálogo, a fala, a palavra é um poderoso remédio e poderosa terapia.
Se não quiser adoecer – “tome decisão”.
A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia.
A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões.
A história humana é feita de decisões. Para decidir, é preciso saber renunciar, saber perder vantagens e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.
Se não quiser adoecer – “busque soluções”. Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo.
Melhor acender o fósforo que lamentar a escuridão. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe.
Se não quiser adoecer – “não viva sempre triste”.
O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem a vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive.
Se não quiser adoecer – “não viva de aparências”.
Quem esconde a realidade, finge, faz pose, quer sempre dar a impressão de estar bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc. Está acumulando toneladas de peso… Uma estátua de bronze, mas com pés de barro.
Se não quiser adoecer – “aceite-se”.
A rejeição de si próprio, a ausência de auto estima faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável.
1.- Mantenha-se saudável. A alimentação deve ser adequada e as refeições devem ocorrer em horários regulares. Também é importante descansar o suficiente e fazer algum tipo de atividade física.
2.- Compartilhe os seus sentimentos com alguém de confiança. É fundamental receber o apoio de algum amigo ou parente, especialmente se está atravessando um momento difícil. Se não for possível um encontro em pessoa, um email, uma mensagem de texto, uma videoconferência ou uma ligação telefônica podem ser igualmente úteis.
3.- Praticar alguma técnica de relaxamento. Além de relaxar, esse exercício faz com que a pessoa passe algum tempo dedicada a si mesma. Entre as alternativas estão yoga, meditação ou MBSR (técnicas de mindfulness para reduzir o estresse). Apenas alguns poucos minutos já serão de grande ajuda.
4.- Organize-se. É útil manter um cronograma com as atividades a serem executadas, com doses e horários de medicamentos a serem ministrados à pessoa com depressão. É preciso também manter disponíveis os contatos para emergências e um plano para a ocorrência de algum imprevisto.
Fonte: Mind, ONG britânica dedicada à saúde mental.
Mais de 350 milhões de pessoas sofrem de Depressão no mundo inteiro, e 80% delas não estão recebendo nenhum tratamento específico. Apesar de ser tão comum, é muito frequente que nem os próprios pacientes consigam reconhecer como a Depressão altera a sua maneira de pensar e agir, com familiares e amigos ainda mais indiferentes aos sintomas, costumeiramente tidos como “preguiça” ou “falta de esforço para melhorar”.
Vamos começar uma série de Posts explicando os sintomas da Depressão e como pode alterar o comportamento. Caso você acredite estar passando por um episódio depressivo, procure ajuda! 60-80% dos episódios depressivos podem ser eficientemente tratados com medicações e técnicas psicoterápicas.
-1- Humor depressivo –
O HUMOR é descrito dentro da psiquiatria como estado de ânimo, ou tônus afetivo do indivíduo, o estado emocional basal e difuso no qual ele se encontra em determinado momento.
Sintoma mais característico da Depressão, é um sintoma que é mais intenso e pervasivo que uma tristeza temporária, e que dura um tempo maior. 86% dos pacientes deprimidos referem sentir-se tristes ou infelizes, enquanto apenas 23% de pacientes não deprimidos tem a mesma queixa. Geralmente quando perguntados como se sentem, pacientes deprimidos podem dizer: miserável, sem esperança, tristes, chateados, sozinhos, infelizes, “coração pesado”, humilhados, envergonhados, inúteis, culpados.
Depressão Leve
Pacientes referem estar entristecidos. Os sentimentos negativos tendem a flutuar consideravelmente durante o dia e até mesmo desaparecer por alguns momentos ou períodos inteiros. Sensações positivas podem ser sentidas após momentos agradáveis, piadas, eventos favoráveis, elogios. Com pequenos esforços, parentes e amigos conseguem extrair uma resposta positiva. Geralmente os pacientes reagem positivamente a piadas ou casos divertidos.
Depressão Moderada
A irritação tende a ser mais pronunciada e mais persistente. É mais difícil obter alguma resposta positiva, e qualquer alívio é temporário. Uma variação ao longo do dia também é comum. Os sentimentos negativos são piores no início da manhã e aliviam parcialmente ao longo do dia,
Depressão grave
Em casos de depressão grave, a pessoa de sente completamente sem esperança, miserável. Irritação importante pode estar presente. Em um estudo com deprimidos graves, 70% referiam se sentir miseráveis e tristes “o tempo todo” e não conseguir sequer momentos de alívio ao longo do dia. O sentimento de tristeza é tão intenso que “chega a doer” ou “é insuportável”.
Para minha filha
Estou aqui pensando em lhe escrever, mas ao mesmo tempo sem saber como começar. Já me culpei tanto, já chorei tanto ao pensar que posso ter errado por não ter percebido o seu grito abafado de socorro. É difícil, saber que você sofre tanto e eu não posso fazer nada. É doído não poder entrar no seu íntimo e arrancar com as minhas mãos, esse sofrimento todo que vejo em seus olhos.
Queria poder sofrer isso tudo por você, para poder lhe ver feliz!
Queria poder fazer com que a maioria das pessoas e a família entendessem que o quê você sente não é frescura, não é dengo, não é para chamar atenção, é sofrimento, é desespero, é dor de morte como você já falou-me várias vezes. Mas sei também, por mais que eu tente como sua mãe, eu não consigo sentir a sua dor, a sua aflição, os seus temores, a sua quase loucura quando entra em crise
Quando vejo sua alma aflita pedindo socorro, fico e me sinto impotente, choro escondido para que você não me veja chorar. Sei bem que a dor da alma dói mais que a dor física. por que a minha alma dói também, o peito parece que vai explodir é uma dor insuportável, que não deixa marcas na pele. E nem assim se compara com a dor que você sente.
Muitas vezes te vejo fraca, impotente, olhando para o horizonte mas sem enxergar nada, aliás, só enxergando o nada. Achando que tudo já acabou, que nada mais vale a pena. Mas nada acabou tudo vale sim, o valor que se tem. Tenta dar valores positivos para as coisas que ainda consegue achar boas e exclui da sua vida o que lhe faz mal, você luta diariamente para conseguir, eu sei disso.
Peço a Deus para você voltar a amar, acreditar no impossível, acreditar que você pode, que você consegue, que você é uma gigante, crer que temos um Deus poderoso para nos curar, apesar de não entendermos o porquê das doenças, das guerras, dos crimes, e por que não há paz nos corações dos homens. É Ele que nos mantém e nos sustenta, lembra sempre filha, que o nosso socorro vem do Senhor.
Deus me deu você de presente e foi um presente tão esperado, tão amado e tão valioso, para sua vida ser em vão. E então você chegou no momento em que, os braços da minha alma, estavam vazios e os preencheu de ternura, esperança e amor.
Filha, por mais difícil que seja a sua luta, não pense em morrer, não desista da vida!
Sei que apesar disso tudo: você é forte, guerreira, e mesmo você não acreditando, é vencedora!
Depressão é uma doença psiquiátrica, crônica e recorrente, que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apetite.
É importante distinguir a tristeza patológica daquela transitória provocada por acontecimentos difíceis e desagradáveis, mas que são inerentes à vida de todas as pessoas, como a morte de um ente querido, a perda de emprego, os desencontros amorosos, os desentendimentos familiares, as dificuldades econômicas, etc. Diante das adversidades, as pessoas sem a doença sofrem, ficam tristes, mas encontram uma forma de superá-las. Nos quadros de depressão, a tristeza não dá tréguas, mesmo que não haja uma causa aparente. O humor permanece deprimido praticamente o tempo todo, por dias e dias seguidos, e desaparece o interesse pelas atividades, que antes davam satisfação e prazer.
A depressão é uma doença incapacitante que atinge por volta de 350 milhões de pessoas no mundo. Os quadros variam de intensidade e duração e podem ser classificados em três diferentes graus: leves, moderados e graves.
Causas
Existem fatores genéticos envolvidos nos casos de depressão, doença que pode ser provocada por uma disfunção bioquímica do cérebro. Entretanto, nem todas as pessoas com predisposição genética reagem do mesmo modo diante de fatores que funcionam como gatilho para as crises: acontecimentos traumáticos na infância, estresse físico e psicológico, algumas doenças sistêmicas (ex: hipotireoidismo), consumo de drogas lícitas (ex: álcool) e ilícitas (ex: cocaína), certos tipos de medicamentos (ex: as anfetaminas).
Mulheres parecem ser mais vulneráveis aos estados depressivos em virtude da oscilação hormonal a que estão expostas principalmente no período fértil.
Sintomas
Além do estado deprimido (sentir-se deprimido a maior parte do tempo, quase todos os dias) e da anedonia (interesse e prazer diminuídos para realizar a maioria das atividades) são sintomas da depressão:
1) alteração de peso (perda ou ganho de peso não intencional); 2) distúrbio de sono (insônia ou sonolência excessiva praticamente diárias); 3) problemas psicomotores (agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias); 4) fadiga ou perda de energia constante; 5) culpa excessiva (sentimento permanente de culpa e inutilidade); 6) dificuldade de concentração (habilidade diminuída para pensar ou concentrar-se); 7) ideias suicidas (pensamentos recorrentes de suicídio ou morte); 8) baixa autoestima, 9) alteração da libido.
Muitas vezes, no início, os sinais da enfermidade podem não ser reconhecidos. No entanto, nunca devem ser desconsideradas possíveis referências a ideias suicidas ou de autodestruição.
Diagnóstico
O diagnóstico da depressão é clínico e toma como base os sintomas descritos e a história de vida do paciente. Além de espírito deprimido e da perda de interesse e prazer para realizar a maioria das atividades durante pelo menos duas semanas, a pessoa deve apresentar também de quatro a cinco dos sintomas supracitados.
Como o estado depressivo pode ser um sintoma secundário a várias doenças, sempre é importante estabelecer o diagnóstico diferencial.
Tratamento
Depressão é uma doença que exige acompanhamento médico sistemático. Quadros leves costumam responder bem ao tratamento psicoterápico. Nos outros mais graves e com reflexo negativo sobre a vida afetiva, familiar e profissional e em sociedade, a indicação é o uso de antidepressivos com o objetivo de tirar a pessoa da crise.
Existem vários grupos desses medicamentos que não causam dependência. Apesar do tempo que levam para produzir efeito (por volta de duas a quatro semanas) e das desvantagens de alguns efeitos colaterais que podem ocorrer, a prescrição deve ser mantida, às vezes, por toda a vida, para evitar recaídas. Há casos de depressão que exigem a associação de outras classes de medicamentos – os ansiolíticos e os anti psicóticos, por exemplo – para obter o efeito necessário.
Há evidências de que a atividade física associada aos tratamentos farmacológicos e psicoterápicos representa um recurso importante para reverter o quadro de depressão.
Recomendações
* Depressão é uma doença como qualquer outra. Não é sinal de loucura, nem de preguiça nem de irresponsabilidade. Se você anda desanimado, tristonho, e acha que a vida perdeu a graça, procure assistência médica. O diagnóstico precoce é o melhor caminho para colocar a vida nos eixos outra vez;
* Depressão pode ocorrer em qualquer fase da vida: na infância, adolescência, maturidade e velhice. Os sintomas podem variar conforme o caso. Nas crianças, muitas vezes são erroneamente atribuídos a características da personalidade e nos idosos, ao desgaste próprio dos anos vividos;
* A família dos portadores de depressão precisa manter-se informada sobre a doença, suas características, sintomas e riscos. É importante que ela ofereça um ponto de referência para certos padrões, como a importância da alimentação equilibrada, da higiene pessoal e da necessidade e importância de interagir com outras pessoas. Afinal, trancafiar-se num quarto às escuras, sem fazer nada nem falar com ninguém, está longe de ser um bom caminho para superar a crise depressiva.